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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Glossário - Parte 2 - G-Z

Caso veja algum termo em algum site e não encontre o significado aqui, não deixe de comentar. Sabendo o que falta, posso adicionar e tornar o glossário cada vez melhor e mais completo.

Continuando com o Glossário, segue a parte 2.

Utilizei como base os livros “Screw the roses, send me the thorns”, “The ultimate guide to kink”, alguns dos blogs listados aqui na coluna à direita da página, o glossário da página inglesa da Wikipedia, um ou dois dicionários online e, provavelmente mais algum site ou texto que, porventura, tenha esquecido de anotar.
Não pretendo que este seja o mais completo, ou o mais correto, mas vou me esforçar bastante pra que seja bastante útil.

Como muitos termos são em inglês, tomei a liberdade de transcrever a pronúncia aproximada - o que foi bastante divertido, diga-se de passagem - para que aqueles que não tem este conhecimento poderem pronunciá-los de forma mais correta. Sendo assim, o que verão será:
Termo (pronúncia): Significado [ver Termo relacionado]


Gag (guég) / Mordaça: Dispositivos que são inseridos ou que cobrem a boca para abafar o som. [ver Bondage]
Gatilhos emocionais: Associações com palavras, comportamentos ou atividades que provocam uma forte reação emocional. Dominadores se darão bem se aprenderem e ficarem familiares com os gatilhos específicos de um submisso. É importante saber o máximo possível quais “botões” evocam respostas positivas e negativas.
Gear (guíer): [ver Equipamentos]
Gender play (djender plei) / Brincadeira de gênero: [ver Sissy / Sissification]
German / Alemão: Code word para desejos e/ou práticas sadomasoquistas.
Golden shower (golden xauer) / Chuva dourada: Prática onde um indivíduo urina em outro.
Gor / Goreano: O termo deriva de uma série de livros escritos por John Norman sobre um planeta imaginário chamado Gor. A cultura escravista descrita nestes romances adquiriu seguidores que utilizam elementos Goreanos em uma espécie de Role Play BDSM. No entanto, praticantes tradicionalistas do BDSM não consideram Goreanos como praticantes do BDSM e Goreanos em geral também não, dada a liberdade existente no BDSM, onde ambos os gêneros podem atuar em qualquer posição (homens e mulheres podem ser tops e bottoms), apesar de assim serem chamados em âmbito geral, dada a natureza das práticas.
Greek (gríc) / Grego: Code Word para atividades sexuais anais.
Gunplay (gãnplei) / Brincadeira com armas: Refere-se à prática de incluir armas reais ou simulacros em uma cena. São usadas tanto para experienciar e/ou controlar o medo quanto como um símbolo de dominação e poder. [ver Edge play]
Handkerchief code (renquertchif côud) / Hanky code (renqui côud) / Código de lenços: Prática antiga de expor sinais visuais para indicar a outros a área BDSM de seu interesse, bem como seu papel naquela prática. Um lenço no lado esquerdo indica um Top e no lado direito indica um bottom. Caso esteja no pescoço, o nó indica a posição. De acordo com o “Leatherman’s Handbook II” As cores básicas eram:
Preto – S&M, Azul escuro – Anal, Azul claro – Oral, Marrom – Scat, Verde – Prostituição, Cinza – Bondage, Laranja – Qualquer coisa, lugar e hora (mas não necessariamente qualquer um), Roxo – Piercing, Vermelho – Fisting, Rosa – Consolo/brinquedos anais, Branco – Masturbação, Amarelo – Esportes aquáticos
Uma lista mais atualizada, mais completa, porém mais direcionada ao público gay pode ser encontrada NESTE SITE (em inglês).
Harém: Um grupo de submissas servindo um ou mais dominadores.
Hogtie (rogtai): Amarrar punhos e tornozelos de um submisso, atando-os juntos às costas utilizando contenção física como cordas ou algemas.
Humilhação: Constrangimento prático de uma pessoa ao provocá-la sobre seus desejos sexuais como forma de controle erótico. No BDSM a humilhação pode, ao reforçar sua sexualidade, paradoxalmente, aumentar a autoestima da pessoa ao invés de destruí-la. Ataques reais sobre a existência do indivíduo ou de sua sexualidade são considerados abuso e não se enquadram nas práticas apropriadas do BDSM.
Imprinting sexual: Existe uma escola de pensamento que afirma que respostas sexuais resultam de imprinting baseado em associações, experiências e meio ambiente passado, geralmente datando até mesmo da primeira infância.
Infantilismo: Brincadeira de papeis envolvendo um comportamento infantil como uso de fraldas, amamentação, etc. [ver Age play]
Kajira: Um termo retirado das séries Goreanas de John Norman para se referir a uma escrava goreana de prazer. [ver Gor]
Katherine Wheel (quéterin uil) / Roda de Katherine: Semelhante àquelas rodas de circo onde a assistente é amarrada e girada como alvo de arremesso de facas. Uma peça de dungeon onde um submisso pode ser preso, permitindo que o mesmo seja inclinado ou girado. Não deve ser utilizado com pessoas que tem problemas com movimentos excessivos.
Knifeplay (naifplei) / Brincadeira com faca: Prática que inclui o uso de facas (não necessariamente implica em Cutting). Facas são usadas normalmente para efeito psicológico, para retirar cera de um corpo após uma cena de Waxplay ou Fire&ice, para remover roupas e diversos outros motivos. [ver Edge play]
Latex: Latex e borracha são utilizados para fabricar roupas, lençóis e outros itens fetichistas.
Leather (lédher) / - sex / - lifestyle (- laifstaiol) / Couro / - sexo / - estilo de vida: Termo que define a cultura que deu origem ao BDSM. Nós nos vestimos, prendemos uns aos outros com tiras e algemas feitas de couro e nos atingimos e batemos com brinquedos e acessórios feitos com ele.
Leather butt (- bãt) / Bunda de couro: 1. Um termo que descreve a pessoa que é espancada tão constantemente que apenas o espancamento intenso surte efeito. 2. A condição das nádegas após um paddling pesado. A pele fica comprimida e enrijecida ou “encouraçada” ao toque. O efeito de compressão é mais perceptível com paddles, então a Leather butt pode ser evitada ao fazer uso de diversos apetrechos.
Leilão: O Dono leiloa o escravo pelo maior valor (geralmente supervisionado e para uso temporário).
Lifestyler: Pessoa que vive um estilo de vida que apoia o arquétipo da fantasia BDSM.
Limite: As fronteiras das atividades BDSM, estipuladas tanto pelo Top quanto pelo bottom durante a negociação, definindo o que cada um deseja e não deseja em uma cena. Limites devem ser respeitados e nunca ultrapassados intencionalmente por nenhum dos parceiros. Limites se aplicam à papeis, níveis de dominação e submissão, duração, além das atividades como whipping, paddling, etc.
Limite suave: Algo que alguém se sente hesitante para fazer ou nervoso para tentar. Podem, às vezes, ser convencidos à atividade, ou preferencialmente pode ser negociado como uma tentativa ou nível iniciante em uma cena.
Limite rígido: Algo que alguém absolutamente não irá fazer, que não é negociável.
Manutenção: Spanking semanal para cobrir os pequenos detalhes que podem ter sido esquecidos, lembrar ao submisso como se portar e para aliviar o dominante do estresse.
Masoquismo: A apreciação erótica da dor, humilhação e/ou ser dominado.
Masoquista: Aquele que sente prazer intenso na dor.
Mente: O órgão sexual humano predominante.
Mestre: Um homem que assume o papel de Dominador no BDSM. O título pode ser outorgado ao indivíduo graças à sua habilidade. Pode ser um termo carinhoso ou um tributo amoroso a um Dom por um submisso em uma relação. Igualmente comum, o termo é uma forma de autoengrandecimento por um homem com fantasias dominadoras e não é incomum vir acrescido de “verdadeiro” ou “real” pregado na frente.
Mitologia Sadomasoquista: A falta concepção social sobre o que o sadomasoquismo realmente é. Também é uma ideia mal informada sobre práticas específicas.
Mistress / Senhora: Uma dominadora. [ver Dominante, Dominador, Dom, Domme, Domina, Dominatrix]
Mumificação: Uma técnica de bondage de, completamente - ou quase completamente – enrolar um submisso em material restritivo como filme plástico, spandex, elástico, gaze, bandagens, fita, etc.
Munch: Um encontro baunilha de pessoas que aderem ao estilo BDSM. Geralmente em ambiente baunilha, sem vestimentas BDSM.
Não consensual – Prática BDSM que não é sancionada por nenhum parceiro.
Não-consensualidade consensual: Um acordo mútuo onde, dentro de limites definidos, será dado o consentimento para que ações ocorram sem aviso prévio. É uma demonstração de confiança e entendimento, geralmente utilizada apenas por parceiros que conhecem muito bem um ao outro, ou que estipulam limites de segurança bem seguros em suas atividades.
Needleplay (nidouplei) / Brincadeira com agulhas: Perfurações temporárias (normalmente apenas durante a cena) efetuadas com agulhas estéreis de diversos calibres.
Negação sexual erótica: Manter outra pessoa excitada enquanto atrasa ou evita que as sensações se completem; manter a pessoa em um estado contínuo de antecipação, tensão e conflito interno, além de sensibilidade elevada. [ver Provocar e negar, Castidade]
Negociação: O processeo de determinação das práticas e limites das atividades BDSM e sexuais entre um Top e um bottom. Pode ser aplicado à toda a relação ou apenas a uma cena específica. Negociar é um processo contínuo que é repetido a cada vez que os jogadores sentem necessidade de mudança.
Nipple clamps, Nipple clips (nípou clémps, - clips): [ver clamps]. Nipple = mamilo.
Nipple play: Estimulação dos mamilos para propósitos corporais e/ou eróticos.
Níveis de troca de poder: Um sistema para ligar envolvimento emocional e profundidade de sentimentos com o grau da troca de poder. Os cinco níveis são: 1. Consentimento Condicional; 2. Consentimento Contínuo Restrito; 3. Submissão Provisória; 4. Pacto de Dominação e Submissão; 5. Propriedade Absoluta. Os quatro primeiros níveis são baseados na realidade.
Nose Torture (nouze tórtchur): Uma forma tradicionalmente japonesa de BDSM utilizando ganchos para nariz.
Orientação de gênero: É uma questão isolada da Orientação Sexual. Tem a ver com autoidentificação e sentimentos de masculinidade ou feminilidade ao invés de questões de atração sexual. Uma pessoa com uma Orientação de Gênero alternativa pode ou não ter uma Orientação sexual alternativa (e.g. Um travesti ou um transexual pode ser heterossexual ou gay). Inclui as pessoas (ou a comunidade) com fantasias ou identificação de gêneros trocados, ou seja, crossdressers, travestis e transexuais.
Pacto de Dominação e Submissão: Uma relação profundamente comprometida e simbiótica entre um Dominador e um submisso. [ver Níveis de Troca de Poder]
Parafilia: Padrão de comportamento sexual onde a fonte predominante de prazer não é, necessariamente, a cópula, mas em outras atividades, tipos específicos de parceiros e/ou até mesmo em objetos. É considerado, pela sociedade em geral, um comportamento pervertido. No entanto, do ponto de vista psicológico são consideradas normais e inofensivas (salvo em casos onde o objeto ou prática é prejudicial ao indivíduo). Socialmente podem se tornar aceitas ou rejeitadas conforme a época e os costumes de cada grupo.
Paddle (pédou) / Palmatória: Um apetrecho de superfície lisa, geralmente de madeira ou couro, utilizado para spanking.
Paddling (pédlin): A arte de espancar alguém usando um Paddle.
Pansexual: Orientação sexual sem gênero específico. Um grupo que abrace todas as orientações sexuais e de gênero é chamado de pansexual.
Play party (plei pári): Um evento BDSM envolvendo diversas pessoas interagindo em diversas cenas.
Posse Absoluta: 1. Ter controle total de um submisso (em uma play mestre/escravo). 2. Termo amplamente utilizado na comunidade BDSM para significar uma relação D/s contínua. [ver Níveis de troca de poder]
Petplay (petplei): O submisso se comporta como um animal de estimação. Late/mia/relincha, se alimenta em potes de ração, brinca como um animal de estimação e até mesmo dorme em camas/caixas de animais de estimação. A prática é sexual, mas também foca no estado mental alterado de Dono/bichinho e a completa dominação e adestramento por seu Dono/Mestre/Adestrador. [ver Animal Play, Fantasia de Transformação Animal]
Ponygirl / Ponyboy (pônigrãl / pônibói): Submisso que se fantasia de pônei, com arreio, plug anal com cauda, antolhos, muitas vezes até mesmo luvas imitando cascos. Devem se comportar como pôneis de verdade.
Poder erótico: É como energia potencial, se tornando significante apenas quando trocado por ou utilizado para empodeirar um dominador através da transferência de controle. [ver Troca de poder]
Podolatria: Uma obsessão sexual direcionada aos pés e/ou calçados.
P.R.I.C.K.: Um dos acrônimos principais do BDSM. Foi criado após o RACK por pessoas que vislumbravam a ausencia de responsabilidade pessoal quanto ao risco envolvido. O termo significa "Personal Responsibility Informed Consensual Kink" ou "Perversão Consensual com Responsabilidade Pessoal Informada".
Privação de sentidos: Restringir ou siluir a habilidade de um submisso de usar um ou mais sentidos como tato, audição, visão, paladar e/ou olfato como parte de uma cena BDSM.
ProDom, ProDomme: Dominador profissional (Domina por dinheiro) masculino e feminino, respectivamente. [ver Dominatrix]
R.A.C.K.: Um dos acrônimos principais do BDSM, cunhado após o SSC por aqueles que buscavam mais liberdade e perceberam que parte do que o BDSM engloba não é exatamente seguro pois existe a possibilidade de algum nível de dano mental ou físico. Significa “Risk-Aware Consensual Kink” ou “Perversão Consensual de Risco Conhecido”.
Rape Play (reip play) / Brincadeira de estupro: A fantasia de fazer parte de um ato consensual de fingimento de estupro.
Reimprinting: A técnica de alterar o comportamento sexual ao alterar as respostas e criar novas associações.
Rendição erótica: O controle de alguém (dentro dos limites negociados) ao parceiro ou o presente (entrega) movido pelo interesse sexual. Uma frase descritiva mais precisa sobre submissão.
Restrição erótica: Restringir o movimento de alguém para brincadeiras eróticas. Também se refere aos dispositivos para este objetivo.
Role Play / Brincadeira de papeis: 1. Elaboração das inclinações sexuais de um indivíduo ao criar uma estrutura fantasiosa para ele. 2. Pessoas com fantasias sexuais compatíveis assumindo uma persona compatível para interagir um com o outro.
Sádico: Pessoa que gosta de provocar dor em outros. Muitas vezes, sexualmente. O sádico honrado apenas provoca dor ou humilhação àqueles que assim desejarem, respeitando limites. É cuidadoso e carinhoso.
Sadismo: Retirar prazer do ato de provocar dor, humilhação e/ou dominação.
Sadomasoquismo / S&M: Práticas sexuais avançadas incorporando o uso consensual de dor, humilhação e troca de poder para divertimento erótico. SM inclui dominação e submissão, bondage, disciplina, bondage amoroso e spanking erótico. O termo é frequentemente mal utilizado para descrever práticas mais extremas.
Safe Word (seif uord) / Palavra de segurança: Uma, ou mais, palavra(s), frases ou ação (como um submisso com Gag largar uma bolinha) usada pelo submisso para sinalizar a necessidade de reduzir a intensidade ou parar completamente a cena. Deve ser respeitado a todo custo.
Scat (squét): Fezes e/ou brincar com fezes.
Sessão: O mesmo que Cena.
Sexo forçado / Oral forçado: Papel sexual onde o Dominador finge forçar uma atividade que o submisso finge ser contra. Envolve uma suspensão compartilhada da realidade. (O Dominador apenas “força” o submisso a realizar as atividades previamente requisitadas).
Sexo seguro: Praticar sexo de maneira que fluidos corporais não sejam trocados. Inclui o uso de preservativos em consolos, vibradores, limpeza e higiene corporal e dos acessórios, etc.
Shibari: Qualquer tipo de bondage utilizando cordas derivando de estilos originários do Japão. Geralmente as amarrações são altamente decorativas, uniformes e simétricas.
Sissy / Sissification: Sissy é um termo pejorativo para um garoto ou um homem que não se enquadre nos padrões sociais masculinos. Geralmente insinua falta de coragem, força, coordenação, libido, testosterona e estoicismo, que sempre foram importantes no papel masculino. Também pode ser incluso no termo o homem que tenha interesse em atividades, hobbies ou trabalhos tradicionalmente femininos (gostar de Moda, por exemplo) ou apresentar comportamentos afeminados.
No BDSM, um homem submisso pode ser chamado de sissy como forma de humilhação erótica, o que pode levantar questões de culpa ou excitação sexual, ou até mesmo os dois, dependendo do indivíduo. No infantilismo, uma Sissy baby é um homem que faz o papel de uma menina bebê. Sissification é a prática desejada por um homem submisso de “ser forçado” ao crossdressing e/ou à redesignação de gênero. [ver Infantilismo]
Sling: [ver Balanço]
Snake whip (sneik-uíp): Chicote clássico, semelhante ao Bullwhip, mas com cabo flexível. [ver Bullwhip]
Spanking (spenkin): A arte de bater em um submisso, geralmente com a mão ou paddle.
Spreader bar (spréder bar) / Barra separadora: Uma barra firme, geralmente de madeira, bambu ou metal, com anéis ou furos em cada ponta, utilizado como ferramenta no bondage para manter afastados os braços ou pernas de um submisso.
S.S.C.: O acrônimo principal de todo o BDSM. É a base de todas as práticas e caracteriza a forma aceitável de participar em plays na comunidade. Os participantes aderem às precauções de segurança e suas atividades, não participam de práticas que causem dano (físico ou emocional) e obtém consentimento ao negociar as cenas e atividades relacionadas a elas antes de darem início às mesmas. Significa "Safe, Sane, Consensual" ou "São, Seguro, Consensual".
S.S.S.: Um dos acrônimos do BDSM. Baseia-se na não-consensualidade, buscando algo mais íntimo, mais direcionado a um relacionamento de bom-senso entre os participantes, prezando pelo prazer mútuo. Significa "São, Seguro, Sensual".
Stock whip (stók-uíp): Chicote clássico, semelhante ao Bullwhip, com cabo rígido articulado. [ver Bullwhip, Snake whip]
Strap (strép): 1. Como substantivo, são instrumentos para restrição de movimentos no bondage (geralmente de couro com uma fivela) ou um instrumento de punição corporal (como um cinto, mas sem usar a fivela). 2. Como um verbo, é o ato de amarrar, prender ou bater em um submisso com um strap.
Subdrop: Uma condição física, geralmente com sintomas semelhantes à um resfriado, sentidos por um submisso após uma sessão intensa. Isto pode durar por até uma semana e é melhor prevenido com um bom aftercare após a sessão. Também pode ser percebido como um estado depressivo ou de extrema raiva e estresse quando afastado do parceiro dominante
Submissão Provisória: Uma relação contínua negociada entre um dom e um sub caracterizada pela troca de poder e envolvimento emocional, mas sem compromisso efetivo. [ver Níveis de troca de poder]
Submisso, Sub: 1. Aquele que entrega controle de seu corpo e comportamento (com delimitações prévias) a outro para brincadeiras eróticas. 2.Termo genérico usado para englobar as diferentes nomenclaturas para os bottoms da D/S.
Subspace (subspeice), Bottom Space: Um tipo de consciência alterada eroticamente identificada com sentimentos de mergulhar em um estado de submissão. É comparado a uma “viagem” de um drogado. Geralmente pode ser caracterizado por diminuição da noção de ego, comportamento cognitivo reduzido, diminuição de motivação e/ou capacidade de verbalizar. Frequentemente estas funções são assumidas pelo parceiro dominante que se torna o foco da atenção do submisso.
Switcher: Um indivíduo que apresenta características e/ou gosta de ser Top e Bottom, tanto em uma única cena quanto em diferentes ocasiões.
Tit torture (tit tórtchur) / Tortura dos seios: O ato de infligir dor aos seios e mamilos.
Top: Aquele que assume o papel ativo na cena, podendo ser este controle físico e/ou psicológico/emocional.
Topping from the bottom: Um bottom que aceita ser submisso, mas que controla, efetivamente, a direção tomada na cena.
Top-space: Um tipo de consciência alterada eroticamente atingida durante a cena por um Top. É caracterizado por sentimentos de extrema clareza de pensamento, foco, uma sensação de extremo poder e alta energia e/ou exaltação. Sentimentos de distancia e objetividade, como se estivesse comandando do alto de uma montanha podem, paradoxalmente, acompanhar sentimentos de conexão com o submisso, como se houvesse um elo psíquico. Uma perspectiva não passional pode ser combinada com ardor erótico. Top-space pode ser seguido tanto por um contínuo senso de bem-estar quanto por fatiga, depressão ou letargia (mergulho pós-cena).
Tortura: Ações que seriam dolorosas fora do contexto erótico, usadas paa aumentar o prazer sexual de um bottom.
TPE / Total Power Exchange (tôtau páuer ékstchendj): Troca Total de Poder. Uma relação onde o dono tem autoridade e influencia absolutas sobre a vida do submisso, decidindo tudo aquilo que desejar.
Troca de poder: O empoderamento de um dominador pela entrega de um submisso ao seu controle. A troca de poder é consensual e deve ser bem negociada. A profundidade do poder entregue pelo submisso é equivalente ao nível de responsabilidade assumida pelo dominante.
Treinamento: Um período de tempo ou um esforço contínuo quando o dono ensina o submisso como agir de acordo com suas regras.
Transexual: uma pessoa nascida com um gênero físico que não corresponde ao psicológico.
Travesti: Um homem ou mulher que se veste com roupas do gênero oposto.
True / Real / Verdadeiro: Um termo autodescritvo utilizado geralmente por recém-chegados ou outros perdidos-na-fantasia para instigar outros a praticarem com eles. O “submisso True” (ou mais típicamente o “escravo true” ou o “sub de alma”) é alguém que cai na lorota que o “mestre true” está contando. “Sadomasoquismo true” ou “BDSM true” também são usados para aludir a um “estado padrão”, não existente, de excelência BDSM ou SM. O “True” pode ser traduzido como “Real” ou “Verdadeiro”. [ver Chudwa]
Voyeur (voiér): Lit. "Aquele que olha". É a prática ou fetiche de observar e/ou registrar em imagens, direta ou indiretamente, atos e comportamentos íntimos (sexuais ou não), geralmente sem o conhecimento do indivíduo observado. 
Wannabe: Uma pessoa que finge ser o que não é. Um poser que se apresenta como um dominador habilidoso sem conhecimento. O wannabe confunde fantasias masturbatórias com experiência da vida real, geralmente com ferimentos como resultados. [ver Chudwa]
Wax play (uáks plei) / Brincadeira com cera: Prática onde o Top derrama cera derretida de velas sobre o bottom.
Zentai: Contração de Zenshin taitsu, um termo japonês para "traje de corpo inteiro". É uma roupa, geralmente feita de spandex, nylon e/ou látex, que cobre o corpo inteiro, dos pés à cabeça.

Este Glossário não é definitivo e pretendo editá-lo e adicionar e/ou corrigir termos sempre que achar necessário ou for alertado ou requisitado.

3 comentários:

  1. Paddle também é chamado de palmatória em português, assim como gag é mordaça, tem muitos termos que realmente não tem tradução, mas quando tem, é legal apresentar as duas formas de dizer e tal

    Enfim, adorei seu blog! Sou submisso há uns anos aí e só agora eu acho um blog em português sobre BDSM, wow <3

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  2. Sou um ignorante no mundo BDSM, mesmo já tendo praticado algumas coisinhas, agradecido por teus esclarecimentos

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